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Taí uma explicação, rs.

- Então, Charlie Brown, o que é o amor pra você?
- Em 1987 meu pai tinha um carro azul.
- Mas o que isso tem a ver com o amor?
- Bom, acontece que todos os dias ele dava carona para uma moça. Ele saía do carro, abria a porta pra ela, quando ela entrava ele fechava a porta, dava a volta pelo carro, e quando ele ia abrir a porta pra entrar, ela apertava a tranca. Ela fazia caretas e os dois morriam de rir. Acho que isso é amor.

As únicas luzes eram as dos raios!

Bom, a pedido de todos que estavam comigo na quinta-feira, aniversário da Carla, postarei aqui sobre esse dia... diga-se de passagem, zicado.

Quinta-feira, meio-dia, o sinal da escola bateu. Lucas, Nayara e eu saímos correndo, porque fomos avisados que o ônibus sairia nos exatos meio-dia. Ok.
Era pra ser.
Meio-dia.
Meio-dia e dez.
Meio-dia e quinze.
E vinte.
E meia.
Meio dia e quarenta e cinco, AEEEEEE! Eis que chega um ônibus com milhões de mãozinhas pela janela abanando pra gente. Todos estavam lá.
Chegando no... JABOTICABAL (cu do mundo), pegamos uma breve (ou não) caroninha num caminhãozinho/trator. Umas doze pessoas na caçamba. Parecia nunca chegar.
Estrada de terra.
Puro luxo! KKKK
Vacas, muitas vacas. Ah, tinha um Matheus Guinatti a là vaca preta. Era uma vaca preta. Ah, esquece.
Enfim, a casa da Carla, amém.
Ninguém tinha biquíni. Porra, cada biquíni broxa que colocamos. Umas tangas de avós, uns vestidos enormes, tops ROSAS, enfim. Lá estávamos nós, prontinhas pra'quela piscina, deliciosa.
Almoço, o almoço. ALGUÉM ACENDE ESSA PORRA DE CHURRASQUEIRA? Ninguém.
Ok, de repente estavam todos em volta da churrasqueira, muito africanos pro meu gosto.
Bianca Guedes era a pior. Pegou seu singelo pratinho com arroz e ficou ali... esperando por sua asinha de frango ficar pronta. Coitada.
Ok, todos estavam bem alimentados (depois de horas, ô povo etiopiano), fomos eu, Bianca e Laisa fazer showzinho. Éramos as THREE CATS.
A maior delícia foi ter que presenciar aquele cheiro insuportável que o Jé deixou naquele banheiro. Ô FOSSA! Insuportável era apelido, na verdade.
Tudo bem, pulemos essa parte...
Nada como relembrar os velhos tempos dançando axé. OH GOD. (Eu e a Bianca G., éramos negonas do axé. As danças mais exageradas possíveis, ok)
Iríamos brincar de Marco Pólo. Pior coisa.
Era um tal de 'deixa eu pegar no seu peito pra ver quem é.' Haha, muito bom ¬¬
Dez pras cinco. Saímos da piscina, tínhamos que nos secar.
Toalha. QUEM TEM UMA TOAAAAAAAAAAAAAAAALHA?
Nada como ficar com um cabelo cheio de cloro, armado. Cover da Maria Bethania.
Sem problemas, estávamos indo embora. Pelo menos era o que achávamos.
Tiramos nossas últimas fotos, comemos o bolo de aniversário. Montamos novamente naquele caminhãozinho/trator.
Nos sentíamos no Titanic, de braços abertos, em pé naquilo.
Jé sambando em pleno movimento, Bianca Vieira sendo pisoteada por ele, eu e a Bianca Guedes dando de MISS.... JABOTICABAL(?) Acenávamos, éramos MISS.
Lindas.
Ou não.
Marias Bethanias.
TARRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRDE!
Ponto de ônibus, lá estávamos nós. Eram cinco e meia.
O ônibus sairia da rodoviária do centro às cinco e vinte. Umas dez pras seis ele chegaria.
HAAAAAAAAAHAHAHAHHAHAA, antes fosse.
Nayara estava fodida, sua mãe arrancaria seu coro. Choro, muito choro.
Jé, eu, Pedro, Gabi e Bianca Guedes fomos pra estrada, tínhamos esperança numa carona.
Saias levantadas, pernas a mostra. Alta sedução nos motoristas.
Nenhum parou.
Malditos.
Do nada, uma nuvem do diabo cai sobre nós. Preta. Enorme.
Raios.
ACABOU A LUZ.
Escureceu.
Breu.
RAIOS!
Choros.
Jé e Suelen rindo, só rindo.
Alta sedução nas dancinhas.
Nayara e seu pessimismo 'NÃO TEM MAIS ÔNIBUS, VAMOS TOMAR CHUVA, VAMOS TER QUE DORMIR NO MEIO DO NADA, NA ROÇA, SOCORRO, MINHA MÃE VAI ME MATAR, VAMOS MORRER.' Só faltava falar que Hitler estava vindo.
Enquanto um se pegava embaixo da árvore, a outra se matava de chorar, a outra cantava Claudinho e Bochecha, o outro ficava andando de um lado pro outro com um GALHO na cabeça, falando 'Eu sou pára-raio, vocês estão a salvo. Ah, eu páro até carro, agora iremos conseguir carona. Observem e aprendam.'
Um carro passa.
Jé quase morre atropelado.
'É, esse aqui só pára o raio mesmo.'
E as horas passando.
Nada de ônibus.
Nayara tendo quase uma convulsão. Suelen caindo no chão de tanto rir, Pedro só na brisa 'porra mano, olha esse lugar. AS ÚNICAS LUZES SÃO AS DO RAIO, SÓ AS DO RAIO. Ô RAIO'
Era um tal de Jé peidando na cara alheia - na minha cara.
Pedimos carona pra um velhinho de uma Kombi, o velho só faltou mandar a gente tomar no cu.
Peidos, arrotos, choros. Muito choro.
RISAAAAAAAAAAAAAADAS!
Histeria, berros.
Lucas irritado 'CARALHO, CALA A BOCA GABI, PORRA, CALEM A BOCA, PUTA MERDA'
Gabi, exaltada, vira e diz 'SEU CARALHO, NÃO ME MANDA CALOR A BOCA, FILHO DA PUTA' 'Tá, então fica quieta.' -q
Nada de ônibus. Porra de ônibus.
Sem sinal de celular, incomunicáveis.
Meio do nada, meio da roça
Jaboticabal.
Enfim, o mais esperado de todo o dia...
O ÔNIBUS!
Correria.
Foi como se os anjos descessem na Terra, lindo de se ver. Um milagre.
Graças a minha dancinha e a da Gabi. Quase uma macumba em meio aos raios, choros e etc.
Achávamos que estaríamos a salvo, lá estava o ônibus.
Ok.
O PORRA DO MOTORISTA FECHOU A PORTA NA NOSSA CARA!
É PESSOAL, É?
Tudo bem, logo ele abriu.
Entramos.
Sentamos.
Nayara morrendo.
Cinquenta anos depois de Jaboticabal, chegamos na Popular.
PORRA, O ONIBUS TINHA QUE ENTRAR NA POPULAR, NÃO PODIA SIMPLESMENTE SER O ÔNIBUS QUE VAI POR FORA?
Pessoas estranhas sobem no ônibus.
Gueto.
Medo.
HAHAHA.
Tudo certo, aos poucos foram descendo as pessoas.
Eu e Bianca Guedes fomos até a rodoviária, nos despedimos.
Enfim, cheguei em casa.
Casa, cama.
BANHO!
Porra, só agora percebi que peguei uma corzinha.
É, valeu a pena.
Tchau.


Eight beautiful years.

Foram oito anos.
Continuam sendo.
O tempo está correndo, e os anos hão de continuar, anos e anos pela frente - e eu estarei aqui, contigo. Sempre.
Quantas brigas, quantas frias, quantas risadas - ah, as risadas, as melhores -, quantos choros, conselhos. Quanto tempo.
Oito anos.
Ah, oito anos em que eu fui muito feliz, com você.
Minha amiga - a de sempre.
Sei que sou uma idiota e que faço tudo errado, sempre, mas não, eu não irei deixar esses oito anos em que passei com você morrer, simplesmente acabar, assim... do nada. Nunca.
Foram uns dos melhores anos da minha vida. Acredite.
Carnavais, ah, os carnavais. Tradição passar a semana de carnaval em sua casa. Sua mãe fazia MARIA-CHIQUINHA na gente antigamente pra irmos pro nosso carnaval, aquele cheio de espuminha e aqueles axés - os incansáveis axés que dançávamos pulando (omg, eu dançava aquelas músicas, as mais broxantes possíveis, rs.), éramos tão felizes naquelas semanas carnavalescas...
Sem dizer nossas brincadeiras.
Nossas casas de Barbie, nós passávamos HOOOOOOOORAS montando os cômodos. Cada detalhe. Me lembro nitidamente.
Quantos brigadeiros foram feitos até hoje? OMG.
Sempre que saíamos nossas roupas eram iguais, mas de cores diferentes. Sempre assim.
Nossos perrengues, nossas caídas de bicicleta sempre foi sua. Você sempre caía, rs.
Foram oito anos, cara.
Eu não sei exatamente o tamanho desse amor por você, esse amor de amiga. É puro.
Nesses oito anos deu pra crescer bastantinho esse sentimento, não? Pois é.
Cresceu.
Continua crescendo.
Não quero parar isso. Deixa continuar, nossa amizade. Nossa linda amizade.
Uma amizade retardada, sem noção, mas uma amizade.
Uma amizade que estou disposta a tudo.
E esse texto é dedicado à ela.

À você, Cássia.

When the sunset comes...

Como sempre - ou como na maioria das vezes -, escrevo algo em um dia, aí depois de séculos me dá vontade de postar.
Aqui estou, com vontade de postar um texto que eu escrevi há um tempo atrás.

Here we go...

Quase seis horas da tarde, vejo o Sol indo.
Um Sol lindo, radiante. Vermelho.
São seis horas da tarde, vejo um sorriso indo.
Um sorriso lindo, radiante. Mas não era vermelho. - onde se viu, sorrir vermelho?
São seis horas da tarde, vejo lágrimas escorrendo.
Algumas gotinhas de lágrimas, brilhantes. Salgadas.
Ainda são seis horas da tarde, e eu ainda vejo muitas coisas. Eu vejo que já não se dá mais para aguentar, vejo que já é hora de acordar.
Acorde.
Seis horas.
O Sol está se pondo.
O sorriso sumiu.
A lágrima rolou.
Seis horas... ainda são seis horas.
TIC
TAC
TIC
TAC...

A magia sempre acaba depois da meia-noite, as vezes até antes.

Escrevi esse texto na escola essa semana, escrevi por escrever. Falta do que fazer, do you know what I mean? Bem, ele tá aí:



E
ra uma vez uma menina, ela amava o céu e todo seu mistério. Ficava horas olhando pra ele, de noite...de dia, não importava, lá estava ela, olhando, olhando... sem parar, só imaginando como era o céu onde seus olhos não alcançavam; imaginando como era a forma das estrelas, imaginando até qual era o desenho na Lua - um São Jorge em seu cavalo? Um coelho? -. Aquela menina não se cansava de olhar pro céu, ela poderia ficar ali o resto da vida, só olhando.
Certo dia ela viu que precisava de uma luneta, uma luneta que desse pra ela enfim, descobrir o formato das estrelas ou qual era aquele desenho na Lua. - pra sua felicidade, ela a ganhou, agora ela iria saber tudo o que queria sobre o céu.
Foram dias e dias só observando aquele céu com sua luneta. Ela descobrira tudo.- As estrelas não tinham forma alguma e o desenho na Lua não passava de meras crateras. Acabou.

Sim, acabou. Toda aquela magia havia acabado, aquele mistério já não existia - ela já sabia do que queria, do que tanto a deixava curiosa. Pra que ela iria querer mais aquela luneta? Ela a usaria só pra quando batesse uma ligeira saudade de relembrar, mas já não era a mesma coisa, havia enjoado. Virou algo rotineiro.

Maldita rotina, tinha mesmo que vir?

Nada devia cair na rotina, nada! Era pra tudo serem flores como no começo. Era pra magia ainda existir.


TPM ou não? Eis a questão.

Não sei trata-se de apenas mais uma TPM desgraçada, mas não estou bem, definitivamente.

Não sei o que está havendo, era pra tudo dar certo, era pra estar tudo bem. Mas não está.
Tenho me sentido tão usada, tão desimportante, tão nada para as pessoas que vivem comigo, todas elas.

Certos casos parecem que eu sou tão "O PROBLEMA", o centro do problema. Argh. Talvez isso me leve à decisões drásticas - ou não tão drásticas assim.

Ser feliz. POR QUE NÃO DÁ PRA SER FELIZ POR MAIS DE UMA SEMANA, CONSECUTIVA? POR QUÊ? AAAAAAAAAAAARGH. SEMPRE TEM ALGUMA MERDA PRA INFERNIZAR, ALGUM IDIOTA, ALGUM TEXTO MALDITO QUE VOCÊ LEIA E TE DEIXE NA FOSSA, TE CORTANDO DE PONTA A PONTA.

Eu não sei mais o que fazer, EU NÃO SEI MAIS SE EU TENHO ALGO A SER FEITO, não sei se vale a pena, não sei dos benefícios. Não sei mais de nada, nada.

PORRA, POR QUE NÃO DÁ PRA SER A MALDITA PEDRA?

Amigos, tá tão difícil saber qual que realmente é, isso tá me doendo tanto - sim, eu sei que os tenho, mas...ah, esquece. NÃO AGUENTO MAIS, CARALHO!

E a máscara? Está velha- e úmida, claro.

Problemas, problemas, por que vocês simplesmente não se resolvem? Assim, num passe de mágica... para sempre?

Pensar tem me custado caro, parar e pensar as vezes tem em consequência algumas gotas salgadas rolando face abaixo.

Qual é o certo? O que é o mais sensato? Qual o melhor pra mim? O que é bom pra mim? Até onde eu aguento?

Logo mais: unhas roídas.

Torno a me perguntar: "O que tanto vale a pena? Até onde posso ir? O que tanto posso fazer?"




Eu só queria que fosse recíproco.



Pois é, né?

"As pessoas são desgraçadas até o ponto que precisam de outras." Rodrigo Mendonça.

Sem mais a declarar.