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como uma luva.

"se perguntar: "vale a pena?"
Certamente não. Então nem sofrimento se tem mais, e isso é ainda mais triste.
Mas eis que me feri na roseira ao colher uma rosa.
A roseira dirá: "Que importância eu tinha pra você?" Chupo meu dedo, que sangra um pouquinho, e respondo: "Nenhuma, roseira, nenhuma. Nada tem importância na vida. (Nem mesmo a vida.) Adeus, roseira."" - O Amor do Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry.
meus olhos estão abertos e na minha frente encontra-se o monstro que morava debaixo da cama, ele insistiu em sair de lá pra vir me assustar, me machucar - mais uma vez. mandei-o embora, debaixo da minha cama não pode mais ficar, preciso dormir em paz. chega de ficar com medo de que todas as noites ele apareça de pé, na minha frente. esse monstro é bom de palavras, sempre querendo dar um jeitinho de ficar ali, sempre contornando tudo, procurando com cautela os melhores argumentos (porém, é claro, nunca verídicos). tiveram vezes que ele me culpou, disse que só veio assustar no meio da noite porque me ouviu chamando. ora essa, vejam só! mas chega, sr. monstro, saia agora debaixo da cama, vá! mas por favor, saia sem dizer nada. vá, saia.
saia agora.
e não volte.
nunca mais.