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That Smell...

Inquieta ela estava. Ás quatro da manhã, ela precisava dormir. Sentia a falta dele, acostumara deitar e ter uma mão para te fazer cafuné.
Ela se deitou em sua cama, puxou seu cobertor para si, e por um momento pensou que ele estivesse ali de novo. Ela sentira seu cheiro. Aquele cheiro que ela amava. Foi suave, como um calmante. Ela se sentiu melhor, aliviada.
Então com um mais um daqueles seus sorrisos bobos, ela fechou os olhos, pegou no sono, ela iria se encontrar com ele em seus sonhos... de novo.

Stupid Girl.

Ela já com o coração em milhares de pedaços, foi se encontrar com ele, para aquela conversa - a conversa que colocaria ou não um ponto final naquele lindo conto de fadas.
Quando ela o viu, foi como se uma faca atravessasse seu peito. Ela com um pouco de esperança disse um oi triste, fraco. Ele seco "oi", então ela se segurou para que uma lágrima não escorresse por sua face. Mas já estava na hora. Aquilo era preciso - a conversa.
Ela, cheia de tristeza, fraca, com a voz rouca, entregou-lhe um papel, com tudo escrito, e ainda se segurando para que não chorasse. Então ele leu. Inseguro de um fim, ele explicou... e enfim as cartas na mesa.
Ela, machucada e ele com uma expressão indefinida. Então ele pediu a ela novamente que confiasse nele, e desculpas, muitas desculpas. E um beijo - o melhor, o mais intenso. Um beijo roubado.
Foi como se ela não estivesse mais ali, era como se ela se encontrasse num lugar de paz, como se nada tivesse acontecido, como se seu coração estivesse novamente... novo. Ela o soltou e com um sorriso enorme, tudo estava bem. Tudo parecia bem. Ela preferiu assim.
Ela não conseguiu, mas UMA, apenas uma lágrima rolou, mas ficou naquilo: um sorriso bobo, e uma lágrima no canto dos olhos. Tudo num indefinido sentimento.

Ê fim de semana, viu...

Sexta-feira eu já não estava mais em casa. Saí de tarde. Fui na casa do Felipe, eu não estava bem, é. Mas tudo bem, tudo ficou bem, enfim. Sábado, Festa a Fantasia. NÃÃÃÃO, eu NÃO ia nessa festa até às 18:50, mas enfim resolvemos, eu e Felipe que sim, íamos. Mas oi, a gente nem sabia se estava vendendo ingressos, e se estivesse, PUTS, ia estar CARÍSSIMO. Mas não, estava trintão ainda. Argh, compramos. Fui pra casa (MINHA CASA) peguei tudo quanto é roupa da minha mãe de hippie e eis que surge minha 'fantasia' de hippie. Blá, fomos. É, gastei trintão pra só lembrar do "ESQUENTA" que tivemos lá na frente do Oscar. Quando coloquei o pé no salão já estava "amnesiada". Saí de lá com uma falsa caixa de pizza, que na verdade tinha um caderno inútil e uma camiseta (que pra mim foi útil como camisola), dois joelhos e dois cotovelos doendo, roxos. Eu juro que caí porque tava molhado o chão, isso eu lembro, rs. EEEEENFIM, dia seguinte, domingo. Minha linda ressaca como sempre não passou de MUITA sede, só. Livre de dores de cabeça, ânsias, nada. Era de noite, e eu ainda estava lá no Felipe, estávamos conversando. Conversamos, conversamos. Segunda de manhã, ele acordou pra ir trabalhar, e eu... dormindo. Uma hora da tarde ele voltou, e eu... dormindo. Foi bom, ele me acordou com um Sol do cacete no rosto, deitou do meu lado, eu com aquele cheiro de sono. IÚ. De tarde fomos conversar de novo, ele colocou a cabeça no meu peito, e ficamos lá, conversando. Ele escutando as batidas calmas do meu coração (e meu estômago fazendo barulhos bizarros), e enfim... ele me disse aquilo. E todo aquele batimento calmo já era. Eis que meu coração acelerou, muito. Eu o sentia na garganta.
Então eu achei que eu estava muito na casa dele e ele mal sabia a cor do meu sofá. Pedi que ele fosse comigo pra minha casa. Foi engraçado, acho que ele ficou com medo da minha irmã, Samanta. Não deve existir ser mais retardado que ela. Então ele foi embora, quase onze e meia da noite. Foi ruim, depois de um fim de semana inteiro junto, tinha acostumado já. Enfim, jantei, e vim pra cá. Vício de internet. Fim. UHUL -n

Sixteen... WHAAAAAAAAT?

Bom, faltam sete dias ainda pro meu aniversário de 16 anos, mas escrevi esse texto ontem e como eu sou um tanto quanto... desesperada, irei postar agora. Whatever. Aí vai.

Dezesseis anos.

Parece que foi ontem que a Samanta (minha irmã) me derrubou da cama com alguns dias de vida (talvez isso justifique a minha retardadisse). Parece que foi ontem que dei meus primeiros passos. Parece que foi ontem que eu "namorava" dois ao mesmo tempo, Otávio e Romulo, e sim, eu tinha apenas quatro anos, e durou hein, até os meus seis anos. UHUL. Grande namoro de criança, onde você tem vergonha de dizer um simples "oi". Parece que foi ontem que eu estava sentada na minha cama, com cinco anos, assistindo o SBT, numa infeliz noite, e um infeliz comercial do filme "O EXORCISTA" me fez ficar paralisada olhando pra TV, chorando loucamente (e me fez ficar também traumatizada até hoje, rs). Parece que foi ontem que eu consegui escrever pela primeira vez meu nome, ou que eu descobri que dois mais dois são quatro. Parece que foi ontem que eu entrei na "escolona", como eu chamava na pré-escola, que fui para a primeira série e foi lá que conheci minha primeira melhor amiga, Eliete. Parece que foi ontem que eu entrei na aula de inglês e conheci a Vitória, aquilo de "Oi, meu nome é Suelen, vem aqui, vou te mostrar onde é o banheiro", Vitória diz: " Mas minha mãe é a dona", caí do cavalo. Parece que foi ontem que eu brigava por qualquer coisa com a Vickmant, qualquer coisa mesmo: "Você me COPIOOOOOOOOU, vaca!", ou aquelas histórias de sermos QUITES, sempre dava rolo. Era difícil quando alguma se machucava e a outra (eu) tinha que ir lá na cerca pra ralar PROPOSITALMENTE as costas, tudo para sermos quites. Parece que foi ontem, Vickmant, que pisamos loucamente no coco da vaca, e gostamos: "AAAAAAH, esse aqui tá quentinho, acabou de sair", "Ah, esse tá duro, PRÓXIMO!". Sim, nós gostávamos de pisotear nas fezes da vaca. OMG. E depois ainda fomos na banheira lavar os pés, cool. Parece que foi ontem que eu jurava que poderia ir para a TERRA DO NUNCA dentro de um cocho amarrado ao da... ninguém mais que Vickmant. Sim, acreditávamos que um 'pó de pirlimpimpim' (ou a terra retirada do barranco, é.) conseguíamos voar. Parece que foi ontem que eu achava que tinha uma fada. Parece que foi ontem que eu colocava o dedinho na cerveja de qualquer adulto e falava "urgh, amaaaaaargo, como consegue tomar isso?". Parece que foi ontem que eu saía por aí pedindo "DOCES OU TRAVESSURAS" com a Vickmant, e eu morrendo de medo dela, porque a vaquinha quis porque quis ir fantasiada de "A MENINA DO EXORCISTA", foi tenso. Parece que foi ontem que eu caçava o SACI, ou que eu morria de medo dele. E eu ainda acho que eu o vi uma vez, lá na fazenda da... er, Vitória. Sempre a Vick, né. Parece que foi ontem que eu tava de namorico (ainda bem criança) com o Kaique, e a Eliete me vem e fala "Suelen, beija ele, é fácil, finge que é um bombom." e eu vou lá e arranco metade do lábio do coitado. Pedisse pra eu fingir que era um gelo, pra chupar, sei lá, poxa, bombom a gente morde! Parece que foi ontem que eu amava dançar na escola. Parece que foi ontem que eu assoprei giz de lousa no rosto de uma menina da minha classe, por pura maldade. Parece que foi ontem que eu cuspi no copo da professora, mexi com o dedo e dei pra ela tomar. E sim, ela tomou, coitada, nem viu. Parece que foi ontem que meu amigo Luiz Felipe, que estudava comigo na segunda série, ia embora e na classe a professora perguntou "ALGUÉM QUER FALAR ALGUMA COISA PRO LUIZ FELIPE? ELE VAI EMBORA." e eu, SÓ eu levantei a mão e disse "Ele é chato, mas eu gosto dele" e comecei a chorar feito uma louca. Parece que foi ontem que eu aprendi a andar de bicicleta. Parece que foi ontem que eu e a Vick planejávamos muitas coisas para os nossos NOVOS bichinhos de estimação, que no caso o meu seria um hamster, e o dela uma gata: a Mônica (minha hamster) e a Maga Lee. Planejávamos roupinhas, SAPATOS, chapéus. Desde quando conseguiríamos fazr isso pra um hamster? Oi. E parece que foi ontem que eu acordei numa manhã meio nublada, fui ver a Mônica em sua gaiolinha, e ela estava ofegante na ponte da gaiola, e eu entrei em choque, sim, ela morreu nesse dia, desidratei de chorar e a enterrei na pracinha que tem perto de casa, dentro do meu estojo, triste. Parece que foi ontem que eu assisti "A NOITE DOS MORTOS VIVOS" na casa da Cássia e depois não consegui dormir, e ficava falando "Cássia, fica olhando pra mim até eu dormir?" e a coitada, morrendo de sono "aham, aham". Parece que foi ontem que eu tinha apelidos NOOBS como "YUMMI_LOLLIPOP" (pena de mim, ô dó.) Parece que foi ontem que a minha senha era a data do meu aniversário 22071994. Parece que foi ontem que eu comi pela primeira vez (e única) feijão e vomitei sem parar. Foi porque meu pai falou "come uma colher que depois tem presente." Eu comi, e vomitei, mas ganhei um presente, que por sinal, foi uma Barbie. Parece que foi ontem que eu quase fui atropelada. Parece que foi ontem que eu fiz um "banho de lama" (literalmente). Parece que foi ontem que eu vi com a Érica, um casal dentro de um Fusca, fazendo sexo selvagem. Parece que foi ontem que eu comia um pedaço de pizza de calabresa e falava "blarg, chega" (não, isso NÃO acontece mais, hihihi). Parece que foi ontem que eu vi pela primeira vez a MINHA Torre Eiffel e falei "Que linda, mãe. Um dia eu vou morar lá. ONDE É, MÃE?", "Paris, na França.", "PARIS! *-*". Parece que foi ontem que meus pais se separaram. Parece que foi ontem que eu chorei litros porque soube que tinha tirado um "C", que hoje em dia é uma nota "6". Parece que foi ontem que eu dei meu primeiro PT alcoólico. Parece que foi ontem que eu comprei a MADEIRINHA. Parece que foi ontem que muitas coisas aconteceram, parece que foi ontem mesmo que eu ainda era uma criancinha, que em sua maior parte da infância, como já perceberam, passou com a Vitória. Parece também que foi ontem que ela descobriu um mundo diferente, um mundo cheio de coisas boas (ou não, hm). E eu sei que daqui alguns anos eu irei olhar para trás e falar "Parece que foi ontem que eu tinha dezesseis anos". Pois é.

What's going on?

É estranha essa sensação, uma sensação de medo, insegurança.
Talvez isso seja devido aos meus outros 'tombos', talvez eu ande com um pé atrás.
Mas eu penso 'isso tá sendo tão bom, tão legal, pra quê?' E está mesmo. É como se eu estivesse vivendo tudo intensamente. Tá sendo tão lindo. Mas aí aquele meu lado frio, realista bate. E me faz com que eu páre e pense. Ei, não quero pensar, quero viver isso. Quero estar com ele. Quero ficar com ele. Então adeus más lembranças, adeus à tudo que já foi, adeus à tudo que me fez mal, afinal, aquela ferida está se cicatrizando, e sei que muitas outras virão, mas ah, a vida é assim, não é mesmo? Um ciclo cheio das feridas e cicatrizações. Tchau.