E lá estava
ele, parado, olhando para o nada, totalmente perdido. Estava encostado na
parede com as malas aos seus pés. Não havia me visto ainda, então gritei seu
nome de longe, sua expressão indecifrável foi trocada por um largo sorriso da
mais pura felicidade, seus braços se abriram... Corri em sua direção e então
fui envolvida pelo seu abraço apertado, era como se nada e nem ninguém pudesse
nos fazer mal, era como se só existisse nós dois. Não queria sair daquele
abraço nunca mais, eu era a pessoa mais feliz do mundo ali, então pra quê?
Quando me
dei conta de que tudo aquilo era mesmo real, pude finalmente olhar dentro de
seus olhos e mergulhar em seus lábios. Podia jurar que ele sentia meu coração
prestes a explodir, assim como o dele agora colado no meu peito. Não sei dizer
se ficamos ali um minuto ou uma eternidade, nada mais importava... Eu o tinha
em meus braços. Finalmente pude tocá-lo depois de tanto ansiar por esse
momento. Não havia criatura mais linda no universo, ninguém que eu pudesse amar
mais.
Nunca fui de
acreditar em almas gêmeas, mas fosse o que fosse, eu tinha certeza de que era
muito acima do meu próprio entendimento, e que, naquele dia, naquele aeroporto,
eu tive certeza, seus olhos me diziam... Era para sempre.